Advogados e seus adjetivos

13 fev

Sangue-frio, calculista, arrogante, mentiroso e competitivo são alguns dos adjetivos que, segundo as piadas, estudantes de direito e, parte, da população, “tipificam” os advogados. Neste post, pretendo expor algumas das razões que levam às pessoas a classificarem os advogados dessa maneira e tentar demonstrar que as coisas não são bem assim.

Bem, em primeiro lugar, quero deixar claro que não sou defensor incondicional de advogados. Sempre deixei bem claro que a advocacia não seria minha primeira opção depois de formado (apesar de que hoje, com a formatura chegando, são os próximos meses que definirão o meu futuro).

A rotina, as histórias de colegas, e advogados que conheci me mostraram que as coisas podem ser diferentes. E é por isso, que não acho correto generalizar sobre o caráter apenas pela definição de sua profissão.

Sangue-frio, calculista, arrogante e competitivo pode ser um profissional de qualquer área. Essas “qualidades” dependem do caráter de cada um e não da profissão que escolheram. Muitos advogados são mesmo tudo isso, mas já vi médicos, professores, engenheiros e representantes de todos as profissões assim.

Alguns desses “elogios” tratam-se de absoluta má interpretação a respeito do exercício da profissão ou da rotina da advocacia.

Ser sangue-frio, por exemplo, é algo que os médicos também são (e, lógico, também são criticados por isso) mas qualquer trabalho com o passar do tempo torna-se rotineiro e o profissionalismo exige que seja assim, sob pena de jamais conseguir exercer uma profissão em virtude das paixões envolvidas.

E aqui, cumpre fazer um esclarecimento aos “não-estudantes-de-direito” que leem o meu blog: TODOS TÊM DIREITO À DEFESA. E isso deve ser considerado, inclusive, na esfera criminal. Cito uma frase que ouvi de um professor: “Advogados criminalistas não podem abrir um escritório e colocar uma placa ‘NÃO ATENDO CULPADOS’“. De fato. Todos merecem uma defesa. E entendam por defesa, não somente através do clássico pedido de absolvição mas através da fiscalização para que todos os atos realizados no processo sejam realizados respeitando a lei.

Além disso, das próprias profissões jurídicas decorrem dois princípios éticos: a fidelidade e o desinteresse. Em resumo, quer dizer que o profissional deve ser fiel à causa daquele que defende. O promotor à sociedade, o juiz à efetivação da justiça pelo estado e o advogado a seus clientes, tudo na medida correta, sem violar outros princípios éticos ou a moral. Infelizmente, as pessoas esquecem de detalhes como esse e criticam a conduta do advogado sem procurar comprender tudo o que envolve a profissão efetivamente.

A competitividade só pode ser explicada em virtude de que desde que entramos na faculdade de direito TUDO é uma competição. Concursos para estágio são super disputados, o desejo de se destacar dentro de um escritório para a tão sonhada ‘EFETIVAÇÃO’ nem se fala. Logo que nos formamos vem o Exame da Ordem e depois para os que escolhem advogar, um mercado de trabalho repleto de advogados sedentos por clientes. Para os que querem concursos vão enfrentar cursinhos repletos de concorrentes (e quem já encarou um cursinho pré-vestibular tem uma noção do que é isso).

Em qualquer lugar é possível perceber que o nosso instinto (animal) de competitividade ainda está presente, sempre queremos superar e ser melhor que “o bando”. Mas claro, é desnecessário dizer que nada justifica o abuso, o exageiro e a malandragem para vencer.

Particularmente, acredito que a cooperação vence muito mais batalhas do que a competitividade, mas como dito anteriormente: isso depende de cada um.

Nesse sentido, ninguém pode falar dos “blogueiros jurídicos”. Sempre que podem estão divulgando os colegas.

E é mais uma prova de que não se pode generalizar nem estudantes de direito, nem profissionais.

Post por.: Carlos Vinicius (http://www.estudantededireito.net)

9 Respostas to “Advogados e seus adjetivos”

  1. claudia helena 10/04/2012 às 4:59 PM #

    eu queria uma pergunta : tipo se uma advogada estiver fazendo ameaças a voce podemos abrir um processo contra ela ?? Por favor mande a resposta pro meu email ! Obrigada

    • maria ariea 05/09/2012 às 12:10 PM #

      eu tenho 11 anos faço a 5série e tenho sertesa que eu vou venser o que vem pela frente e vou si formar de adivogada voçe me ajudou muito obrigada por os conselhos

  2. leticia 18/04/2012 às 4:08 PM #

    quero ser advogada , tudo isso que vc falo me ajudo muito no futuro .
    obrigao

  3. Andria 19/05/2012 às 12:48 PM #

    heheheh isso ta me ajudando mto quero ser uma advogada e tenhoo certeza que vou vencer na vida..

  4. Cleisla 30/05/2012 às 11:42 PM #

    Ola…tenho 15 anos…gostei do blog…..quero ser advogada e ja tenho uma noçao de como eh…;)

  5. priscila 31/07/2012 às 7:27 PM #

    Alguns advogados, donos de grandes escritórios, afirmam que a apresentação conta muito na hora impressionar clientes, que o advogado é a imagem do escritório. Não à toa, portanto, advogados são conhecidos por serem formais, seja pelo juridiquês seja pela forma de se vestir.

    Ocorre que o passar do tempo trouxe inovações, que não foram apenas tecnológicas. Permitiu também um certo relaxamento nos conceitos. Prova disso foi o chamada “Dia Casual”, onde, pelo menos uma vez na semana, os funcionários eram liberados de suas vestes formais, como paletós, gravatas e demais acessórios. A advocacia não ficou de fora. O problema, como sempre, é a falta de bom senso.

    É fato que muitos são os causadores de “arranhões” na imagem de um profissional como má conduta, mentiras, boatos sobre sua idoneidade moral, mas é inegável que para arruinar uma reputação um minuto é muito tempo, e uma roupa fora de contexto pode trazer grande prejuízo.

    O exemplo que o limite foi ultrapassado aconteceu na última semana. Um advogado, pasme, resolveu comparecer perante o juízo e perante o Ministério Público, em audiência de instrução, lá mesmo no Fórum Henoch Reis, trajando jeans, tênis, camisa de um time de futebol, blazer esporte, cordão metálico dourado grosso e gel no cabelo, com o famoso penteado “moicano”. Não preciso ser juiz pra imaginar o que o juiz que presidiu o feito ficou pensando do colega.

    No mesmo dia via outro colega, de jeans, na mesma sexta-feira, mas um jeans preto, bem cortado, camisa social pra dentro da calça, terno preto, ou seja, nada de calça rasgada ou “com lavagem”.

    Olha, sem maiores rodeios, acho um desrespeito monumental. Se na sexta-feira o advogado quiser relaxar, que tire a gravata, mas não abandone o “traje social”. Comparecer sem gravata perante o juízo, em audiência é palhaçada e desrespeito. E isto serve pra todos os que participam, seja do promotor, advogado, juiz. Mas infelizmente – ou felizmente – apenas advogados tem sido autores desse desrespeito monumental.

    Se for protocolar uma petição, entregar um processo numa secretaria, atuar no plantão, sem contato com juizes ou promotores, enfim, expor de forma minima a sua figura, ainda é admissivel, mas ir perante o juízo fantasiado de babaca é demais.

  6. priscila 31/07/2012 às 7:29 PM #

    eu quando crescer se deus quiser vou ser advogada por isso que sigo o caminho certo pra ser aguem na vida

  7. laissa 11/09/2012 às 10:22 PM #

    Nossa muito bom esse blog eu aprendi muita coisa com ele e quando eu crescer eu concereteza vo ser uma advogada.

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